sábado, 23 de março de 2013

Holandês voador


O céu estava claro e o mar calmo quando o HMS Inconstant fazia o percurso de Melbourne a Sydney, na Austrália, em 11 de julho de 1881. De repente, o vigia no castelo de proa anunciou a aproximação de um barco a bombordo. Oficiais e tripulantes –treze no total, dirigiram-se às amuradas para ver o recém-chegado. Estavam a bordo da referida nau o príncipe George (depois rei George V) da Inglaterra e seu irmão, príncipe Albert Victor.
O que mais chamou a atenção dos homens do Inconstant é que emanava do navio avistado uma estranha luminosidade vermelha, que o deixava todo iluminado. Entretanto, logo depois de ter sido avistado, o navio sumiu e não restou nenhum vestígio nem qualquer sinal algum do barco. Os diários dos membros da família real registraram que mais tarde, naquela mesma manhã, o vigia caiu da trave do mastro principal e despedaçou inteiramente no chão da nau. E, ao chegar ao seu destino, o almirante do Inconstant foi acometido de uma doença fatal. As testemunhas achavam ter visto o Holandês Voador, o lendário barco fantasma que aterrorizou marinheiros durante séculos. A lenda é a seguinte: apesar das súplicas de sua tripulação, um capitão holandês insistiu em atravessar o cabo Horn em meio a uma tempestade violenta. O Espírito Santo apareceu, mas o satânico capitão disparou sua pistola e amaldiçoou o Senhor. Por sua blasfêmia, foi condenado a navegar por toda a eternidade, sem nunca poder parar em um porto. Desde então, os marinheiros dizem que um encontro com o Holandês Voador é um prenúncio de desastre

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